quinta-feira, 7 de abril de 2011

#34

Rue de Berne
A rua me chama de acordo com a lua
A lua me guia até sua rua
Alma já desgastada me impede qualquer pensamento
Desde cedo perdida onde nem lembro
O desejo promíscuo sustenta meu corpo
Desde a última embriaguez ainda sinto seu gosto
Mais uma vez estou aqui como fumaça de cigarro impregnada
Como sempre você me recebe com teu seio exposto
Conversa com os olhos, enquanto a boca não diz nada
E sempre surpreende contrariando
Satisfazendo muito além do que lhe foi imposto
Imposto para o inferno que, sem alma, sempre estarei disposto a pagar antes do amanhecer
Antes que a dor de cabeça da “sanidade” desfibrile minha alma e me traga de volta para o devaneio da realidade