terça-feira, 28 de junho de 2011

#56

"Essa dor, eu sei não vale um centavo"
Um pouco mais
Que ele chegasse
E eu não resistiria
Algo mais que ele fizesse
E eu nem tentaria
Só mais um pouco
De atitude, de pegada
Ousadia, ao invés de fala
Ainda que tudo dentro de mim e o universo estivesse contra
ACONTECERIA
Um pouco mais
E eu esqueceria, de pensar com a cabeça
Me entregaria
O corpo deu sinal
Era muito mais que carnal
Havia amor, mesmo que não houvesse
Havia calor, e haveria meu corpo no dele
Se ele quisesse
E só mais um pouco seria perda total
O cérebro rejeitou o ato, era racionalmente errado
Mas o coração foi quem pagou o preço
Fez rasgar ainda mais, a chaga por dentro
Racionalmente falando
Se tivesse acontecido, seria ainda mais doloroso e mais alto o som do gemido
Estaria amargando a dor irreparável de um arrependimento?
Se eu me arrependesse... se soubesse o que é isso
Mais um pouco...
Dele.
Menos de mim, mais dele em mim.
E se tivesse acontecido?

quarta-feira, 22 de junho de 2011

#55

Fora de alcance no próximo andar
Quando ele passa na esquina
Deixa sua fragrância solta pelo ar
O vento que me traz seu perfume
É o mesmo vento que distancia de mim o seu caminhar
Seus passos novos que rumam a diferentes destinos
Mesmo seus passos antigos nunca cruzaram meu caminho
Até seu cheiro doce feminino, característico
Me agrada até no desagrado
Sem soar enjoativo
Mas como lembrar de você sem lembrar do seu sorriso
Outrora meigo e sensível
Agora pérfido e vingativo
Pode ser também a soma dele com seu olhar
Que também se modificou durante o seu caminhar
Já nem sei mais se penso em você
Ou até mesmo se te espero
Ao invés de união, fez-se uma luta ferrenha entre ideologias e egos parecidos
Pensar no que é melhor e ficar sem saber
Antes me achar comigo
Do que me perder com você
#54

Prelúdio
Adoce-me com seu jeito
Aqueça-me com sua pele morena irresistível
Esqueça-se
A partir de agora o mundo é invisível
Faça-me a mulher-objeto de todo o seu desejo
Deleite-se com meu corpo e eu embriagar-me-ei de seus beijos
Toque-me sem pudor
Queime-me de todo o seu ardor
Marque-me a ferro quente
Usa-me sem precedentes
Faz do meu corpo sua diversão
Meu sangue na tua mão
Antes me rasgar o corpo
Do que o coração
Esqueça-se
A partir de agora o mundo é invisível
Nada aconteceu
Fora do infinito apogeu, não existimos
Tu
ou
eu.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

#53

A nega é boa pra varrer
A nega é boa pra lavar
A nega é boa pra colher todo amor que eu tenho pra te dar.