quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

#31

Daniel
Sua pele cor de chá me deixou um sabor tão amargo quanto café forte sem açúcar.
Minha pele grita que precisa da sua.
Sua tu molhando meu corpo, enchendo meu copo.
Me embriago. Mesmo que já não faça sentido.




                  Mesmo que meu coração aos poucos vá se partindo.
#29

A flor...
…que cresce sem ser regada, ganha vida sem pedir nada, permanece pungente durante incontáveis madrugadas. Ah! o amor… é flor de temporada que exala seu perfume na hora errada.
#30

Mais uma vez
O coração entrou na caixa. Mais uma vez.
Está embrulhado pra presente. Mais uma vez.
O amor chegou de repente. Mais uma vez.
Mais uma vez desamor.
Estupidez.
#28

Acordei pensando em flores.
respirando amores dos ares que vem de você.
            Sinto o perfume no ar, o coração acelerar, a perna bambear, a fala gaguejar.
“Mas só de ouvir a sua voz eu já me sinto bem”.
Resta apenas esperar, admirar de longe o que já esteve nas mãos.
                                         Te sentir como canção que o coração não quer cessar.
Não vou estimular, por deus se tiver que ser, será. Porque já ouvir falar:
“o amor é algo que se se aperta demais, escorre pelos dedos.”
              Mas mesmo assim penso se você faz idéia, ou fará, de como isso é imenso.
“Será que você vai saber o quanto penso em você com o meu coração?”


Um dia meu corpo vai cobrir o seu como um véu.
Me toma sua.
Apenas o corpo em seus braços.
A alma é sua.


                                                                                                Daniel.
#27


Mora na mesma cidade, mesmo que tenha mudado de endereço.
O apreço continua imenso ainda que não seja o mesmo.
                                                                           Rafael Cortez (L)
#26

Onze Minutos
De repente, do riso da gente.
Fez-se pranto latente. Em mim.
m encionar os onze minutos de Maria.
Eu queria, mas não esperaria que acontecesse comigo.
A gente nunca espera.
Quem diria que esses onze minutos tornariam-se os mais longos de toda a vida.
De repente, onze minutos inconvenientes.
#25


Presa
De corpo e de alma.
Solta.
Sou tua.
Desprendida querendo ser presa.
Por seus braços e seus abraços.
Por seus braços e suas presas.
Despreza.
Faz ainda maior o espaço.
Do pedaço que arrancou de mim.
O vazio que a falta da flor faz ao meu jardim.
Pobre de mim, amor não é versado.
Você, eu.
Todo meu.
Todo meu carinho desperdiçado.
#24


Proibido
Fruto que desperta o dejeso num simples olhar.
Seu sabor, incendeia a pele, vicia o paladar.
Abstinência suga o resto da dignidade, faz sangue jorrar.
Me perdi, deslizei no caminho entre tua pele e teu coração.
A árvore morreu.
O fruto findou.
Seu gosto amargo permanece aqui.
“Dias felizes não importa, ela aprendeu a contornar”
Ainda espero a próxima estação cultivando o gosto do café com sofrimento.
Derramou em mim, pegando fogo, matendo aberto o ferimento.
#23

Tempo que passa e arrasta o que está solto pelo ar.
Relógio sem pilha ou eu não perco essa mania de te amar? 
Rafael Cortez