domingo, 8 de maio de 2011

#45

Justine
Se pra ela fosse feliz
Se do mel tivesse o doce
Não teria o mesmo aroma
Da laceração de quem ama
Amores proibidos
Amores não correspondidos
Amores não vividos
Profanos mas divinos
Era triste o seu destino
Mas era do que ela gostava
Tristeza era como madrugada
Seu alimento
Preenchia um vazio crônico com outro efêmero
Mesmo que não valesse o argumento
Mas era o que Justine queria
Trocou seu coração por qualquer satisfação rápida e vazia
Se achava tão mais esperta e livre que os outros
Mal sabia que estava se perdendo os poucos
Cheguei a pensar em sentir pena ou odiar
Mas não há como condenar uma alma que nasceu pra viver solta pelo ar
Que presa dentro da própria consciência flutua
Principalmente quando essa alma é a sua