sábado, 30 de março de 2013


#69

Olhe as horas, Romeu

Observo seus olhos brandos, quase infantis
Verdes de uma esperança lúdica, antes de anoitecer
Pairando escuridão em céu, vento leva tua alma e tua roupa
Reina teu corpo Romeu, de brisa a tempestade louca
Ardente, inerente, preciso e profundo
Por gestos não se esvaiu, ainda há anjo no fundo
Até que amanheça e o calor vá embora
Veste tua alma fragmentada
Tua roupa amassada
Vire as costas, e vá embora
E dessa vez não esqueça seus olhos e suas asas pendurados na porta.